sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Piso de Madeira ou Laminado?





Piso de Madeira ou Laminado?

Com a popularidade do piso laminado crescendo diariamente, muitas pessoas se perguntam qual devem escolher, madeiras ou laminados? Não é uma pergunta simples de responder. Muitas pessoas usam pisos laminados sem problemas. Outras preferem a facilidade de lidar com arranhões e amassos em pisos de madeira.

O piso laminado normalmente é construído com um núcleo de hdf (high density fiberboard, uma espécie de aglomerado de alta densidade e resistência), prensado entre uma folha de laminado de melamínico, papel fotográfico de alta qualidade com uma imagem de madeira, pedra ou outro piso natural, e uma cobertura de laminado  melamínico. Há alguns novos produtos híbridos que substituem o papel fotográfico por uma fatia muito fina de chapa de madeira real.

Há vantagens e desvantagens em ambos os pisos. Os pisos de madeira podem ser arranhados, mas os arranhões são muito fáceis de reparar. Se um piso laminado for arranhado ou rasgar, não será consertado facilmente. Um piso de madeira pode ser lixado para remover as imperfeições, o que não acontece com pisos laminados. As empresas de piso laminado fazem kits de retoque e reparo, bem com oferecem substituição de tábuas. Com as madeiras, um lixamento leve pode fazer mágicas. Se você tem animais de estimação ou prevê muitos arranhões e arrastões no futuro, as madeiras podem ser uma opção melhor que o laminado.

Um dos benefícios do laminado sobre as madeiras é que o piso laminado não amarela nem desbota com a luz solar ou outros elementos. A maioria dos pisos de madeira tingida muda de cor com o tempo.

Diferentemente dos laminados, os pisos de madeira sempre podem ser restaurados. Por outro lado, os pisos laminados nunca precisam de cera ou polimento. Tanto os pisos de madeira quanto os laminados podem ser afetados por umidade excessiva, mas apenas o laminado pode realmente ser colocado em uma cozinha ou banheiro. Os ambientes com muita umidade não são ideais para madeiras. Finalmente, um calçamento especial é necessário sob os pisos laminados para reduzir o potencial de ruído do piso. É preciso pesar bem tudo isso antes de escolher entre a madeira maciça e o piso laminado.

Escolhendo o melhor para você

Aqui vão alguns itens que devem ser considerados ao escolher entre piso de madeira ou laminado.

Manutenção: os pisos laminados são mais fáceis de manter.

Preço: os pisos de madeira são mais caros, porém, o imóvel é muito mais valorizado se tiver piso de madeira no lugar do laminado.

Instalação: os pisos laminados são mais fáceis de serem instalados.

Durabilidade: os dois tipos de pisos tem a mesma durabilidade, porém, os pisos de madeira podem ser restaurados e os pisos laminados não.

Aparência: os pisos de madeira dão uma melhor aparência ao local do que os pisos laminados.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Restaurando o seu piso de madeira




Restaurando o seu piso de madeira
Com o devido cuidado, os pisos de madeira podem durar muito tempo. Não importa o quão cuidadoso você é com seus pisos de madeira, contudo, você ainda terá que refazer o acabamento em algum momento. Se seus pisos sofrerem desgastes causado por animais de estimação, por exemplo, você pode ter de refazer o acabamento mais freqüentemente. Normalmente, com uma boa manutenção, os pisos duram em torno de 10 anos. Após este período os pisos de madeira sólidos e estruturados são restaurados e podem durar mais 10 anos. Já os pisos laminados, por sua vez, são difíceis de serem restaurados.

Está imaginando se há um teste que você pode fazer para saber se seus pisos precisam de novo acabamento? Primeiro, encontre uma área de alto tráfego onde o acabamento provavelmente esteja mais gasto e derrame uma colher de água sobre o piso. Se a água permanecer sobre o piso e você puder limpá-la sem deixar traços, o acabamento ainda está funcionando e você não precisa de novo acabamento. Se a água penetrar lentamente no piso de madeira e criar um ponto levemente mais escuro, o piso está parcialmente gasto. Se a água desaparecer imediatamente na madeira deixando um ponto escuro óbvio, é hora de fazer o novo acabamento.

Referência: http://casa.hsw.uol.com.br/

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Os bons resultados do ″Madeira é Legal″





Os bons resultados do Madeira é Legal
Representantes do governo, iniciativa privada e ONGs avaliam os resultados do programa Madeira é Legal – parceria voluntária, estabelecida em 2009, para combater o uso da madeira ilegal em SP, no setor da construção civil –, que em dois anos já impediu a entrada de 3 mil m³ de madeira irregular no Estado e firmou, com mais da metade dos municípios, o compromisso de comprar, apenas, madeira legal para a realização de obras públicas.
O Estado de São Paulo é o maior comprador de madeira proveniente da Amazônia, sendo que 70% dela é utilizada pelo setor da construção civil. Por conta disso, em março de 2009, 23 entidades - que representam órgãos do governo, ONGs e empresas privadas da área madeireira e da construção civil - se uniram, de forma voluntária, para criar o programa Madeira é Legal*, com a intenção de combater o uso de madeira ilegal no Estado, sobretudo no setor das edificações.

De lá para cá, uma série de medidas foram tomadas pelos signatários, para cumprir o compromisso voluntário assumido no programa, e, após dois anos de trabalho, representantes das 23 entidades que compõem a iniciativa se reuniram, na cidade de São Paulo, para mostrar os benefícios que o projeto trouxe para o Estado paulista em pouco mais de 24 meses de atuação.

Segundo dados da SMA - Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, graças às ações fomentadas pelo Madeira é Legal, até agora, foi possível evitar a comercialização de cerca de 3 mil m³ de madeira irregular no Estado. E mais: o programa conseguiu mobilizar mais da metade dos municípios paulistas para a causa. Isso porque, desde que foi criado, 355 - das 645 - cidades de São Paulo assinaram o acordo se comprometendo a comprar, apenas, madeira legal para as obras públicas municipais - entre elas, a própria capital do Estado.

Em palestra, na abertura do evento de apresentação dos resultados do Programa, em São Paulo, Sérgio Besserman, economista e ambientalista, disse: "A única maneira de abandonarmos o modelo insustentável de economia que vivemos hoje é a precificação, ou seja, incluir, no preço dos produtos, os danos que causamos ao meio ambiente ao consumi-los. O Madeira é Legal é uma iniciativa louvável, porque dá um passo além e antecipa a implantação desse processo. Em função de valores ou por visão estratégica, as entidades que participam dessa iniciativa estão assumindo, voluntariamente, a precificação e pagando mais caro pela madeira legal, em prol da preservação do meio ambiente".

Entre as iniciativas criadas pelos signatários do Programa para combater o uso de madeira ilegal no setor paulista da construção civil, estão:
- CadMadeira: cadastro público e voluntário que permite identificar as empresas que comercializam produtos e subprodutos provenientes de madeira legal;
- Cursos de capacitação para a Polícia Militar Ambiental, com foco na fiscalização das cargas ilegais transportadas nas rodovias do Estado;
- Desenvolvimento de mecanismos tecnológicos que auxiliam na fiscalização dessas cargas, como, por exemplo, o Microscópio Digital, que manda, em tempo real, para o Instituto Florestal, imagens da madeira, para que possa ser feita a identificação das espécies de árvores utilizadas para a fabricação do produto e
- Produção de conteúdo sobre o tema - como o livro Madeira de Ponta a Ponta*, que esmiúça a cadeia madeireira, produzido pela FGV, e o Guia Prático da Aquisição Responsável de Madeira na Construção Civil*, feito pela WWF-Brasil, em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo, que orienta os construtores dispostos a utilizar apenas madeira legal em suas obras.

PRÓXIMOS PASSOS

Para os próximos anos, além de novas adesões ao Programa Madeira é Legal, as entidades envolvidas na iniciativa têm em vista dois grandes objetivos. O primeiro deles diz respeito ao incentivo do uso de madeira certificada e não, apenas, legal. "Afinal, a lei ainda deixa a desejar em muitos municípios e a madeira legal nem sempre é proveniente de manejo sustentável. Ainda há um grande debate nos órgãos públicos sobre isso. Muitos têm receio de fazer essa mudança e ferir o processo de licitação das obras municipais. Por isso, eu peço a todos os cidadãos que se envolvam nessa causa e pressionem empresas e governo para o uso de madeira certificada", disse Eduardo Jorge, secretário do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo, que também esteve presente no evento.

A segunda grande ambição dos signatários do Madeira é Legal é o incentivo ao uso de espécies de madeira menos conhecidas no mercado. "Atualmente, as duas principais espécies utilizadas na construção civil são a Peroba-rosa e o Pinho-do-Paraná, mas o uso exagerado pode gerar escassez, em quantidade e qualidade, desses produtos. Por isso, o ideal é diversificar e adotar outras espécies. Há várias que podem ser usadas nessa substituição", explicou Márcio Nahuz, do Centro Tecnológico de Recursos Florestais do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

Entre as espécies alternativas sugeridas pela entidade, após intensa pesquisa, estão:
- Acapu (Vouacapoua americana);
- Angelim-pedra (Hymenolobium spp.) e Angelim-vermelho (Dinizia excelsa);
- Guajará-branco (Chysophyllum sericeum) e
- Cupiúba (Goupia Glabra).
(Confira a lista completa no livro Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil*, do IPT, disponível na internet)

"O uso de espécies alternativas ainda ajuda a diminuir o número de áreas de exploração de madeira e, consequentemente, a proteger a floresta, porque otimizamos a produção nas áreas que já são cultivadas para esse fim", disse Nahuz.

Animada para as próximas conquistas do Programa, Malu Vilela, coordenadora da RAA - Rede Amigos da Amazônia, que integra o Madeira é Legal, comemorou os resultados obtidos até agora. "Com certeza, eles nos motivam a seguir em frente, com cada vez mais aliados. Estamos mostrando à sociedade que a luta é difícil, mas vencê-la é, sim, possível", afirmou Vilela, que encerrou sua fala no evento lembrando o líder extrativista José Claudio Ribeiro da Silva, assassinado no Pará no final de maio deste ano. "Em sua apresentação no TEDxAmazônia, ele fez um apelo muito forte para que a sociedade passasse a consumir madeira responsável. É um pedido de alguém que morava na Amazônia e conhecia, melhor do que ninguém, a realidade daquela região. Zé Cláudio já não está mais entre nós, mas o apelo dele fica e merece ser difundido", destacou.


Referência:Site Planeta Sustentável

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Uso da madeira pode beneficiar as florestas




       
                               
Em um primeiro momento, a ideia pode parecer controversa, mas segundo especialistas - reunidos no evento de lançamento do livro “Madeira de ponta a ponta: o caminho desde a floresta até o consumo” -, incentivar o uso da madeira proveniente de manejo sustentável pode ser o segredo para garantir a preservação das nossas florestas.
O discurso de que não devemos, em hipótese alguma, derrubar árvores está tão presente no nosso dia a dia que grande parte da população vê o setor madeireiro como um ramo criminoso, que ganha dinheiro às custas da destruição das florestas. Mas não é bem assim: a utilização da madeira proveniente de manejo sustentável não ameaça a biodiversidade e, mais do que isso, pode ser fundamental para garantir a preservação das nossas matas.

Pelo menos é o que garantem os especialistas reunidos em São Paulo, dia 29/03, para o lançamento do livro Madeira de ponta a ponta: o caminho desde a floresta até o consumo, produzido pela RAA - Rede Amigos da Amazônia, do GVces - Centro de Estudos em Sustentabilidade e do GVceapg - Centro de Estudos em Administração Pública e Governo, ambos da FGV.

"Há mitos na sociedade de que as florestas devem ser intocáveis e de que o uso da madeira é uma atividade criminosa, quando, na verdade, o que acontece é exatamente o contrário: atribuir valor econômico às florestas - e, consequentemente, incentivar a produção sustentável de madeira - pode ser a única ferramenta eficaz, hoje, para protegê-las", disse Estevão Braga, engenheiro ambiental e técnico do WWF-Brasil. Ele ainda lembrou que há outras atividades econômicas que podem ser realizadas de forma sustentável nas florestas, garantindo sua preservação e, também, a prosperidade econômica da região onde está situada, como, por exemplo, a extração de castanha-do-pará, borracha e bambu, no caso da floresta Amazônica.

A MADEIRA NÃO PRECISA DE SUBSTITUTA
Segundo Braga, a falta de informação faz com que muitos passem a buscar alternativas para o uso da madeira e acabem por optar por materiais que, muitas vezes, são mais insustentáveis. "É o caso do aço ou do alumínio, por exemplo, que gasta 750 vezes mais energia do que a madeira para ser produzido e, ainda, é menos duradouro", afirmou.

Para mudar essa realidade, é preciso conscientizar os consumidores sobre os benefícios da utilização da madeira proveniente de manejo sustentável. Mas, na opinião do Capitão Marcos Diniz, da Polícia Ambiental de São Paulo, esse processo de educação ambiental não deve acontecer imediatamente. "Atualmente, 33% da produção madeireira amazônica é ilegal e, segundo o Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, apenas 5% das atividades de manejo sustentável do país são 100% regulares. Ou seja, o modelo de produção madeireira ainda é extremamente predatório e dizer, agora, à sociedade que o consumo de madeira legal é benéfico pode ser extremamente perigoso. Muitos passarão a utilizar mais madeira, mas sem se certificar de que, realmente, estão usando um recurso legal. Principalmente, porque a madeira ilegal é mais barata", pontuou o Cap. Diniz.

Para ele, primeiro é necessário combater o comércio de madeira ilegal no país para, depois, estimular esse mercado. "Ou seja, a ação imediata deve ser a fiscalização do produtor e, também, do consumidor. A Polícia Militar de São Paulo realiza esse trabalho de fiscalização distante, junto ao comprador, e pode atestar sua eficiência. Afinal, na economia, a demanda gera a oferta. Se os atuais consumidores deixarem de se interessar pela madeira ilegal, ela será exterminada da cadeia brasileira", destacou.

O PAPEL FUNDAMENTAL DO GOVERNO
Além de ser responsável por fiscalizar a cadeia madeireira e criar políticas de incentivo ao comércio legal do recurso, o governo também é um dos principais compradores de madeira do país, o que reforça sua importância na luta pelo fim das atividades criminosas no setor. "Os governos subnacionais são responsáveis pelo consumo de cerca de um terço de toda a madeira que é produzida no país, por conta das obras públicas. Logo, detêm o poder enquanto reguladores e, também, compradores", afirmou Mário Aquino, coordenador do GVceapg.

Carlos Resende, secretário-adjunto de Florestas do Acre, concorda: "Os grandes compradores são o melhor mecanismo de valorização das nossas matas. Afinal, ninguém desmata porque não simpatiza com a floresta, mas sim porque quer dinheiro. Se o consumidor passar a exigir madeira de origem legal, quem não se adaptar a essa realidade vai sumir do mapa". O político ainda disse que, no Acre, cerca de 96% da produção madeireira já é de manejo florestal, mas infelizmente esta não é a realidade da maioria dos Estados da Amazônia, o que faz com que o problema da produção ilegal de madeira seja gravíssimo. "Até porque, nos últimos 100 anos, cerca de 40% das florestas do mundo já deixaram de existir. Estamos correndo contra o tempo", lembrou Resende.

O livro Madeira de ponta a ponta: o caminho desde a floresta até o consumo está disponível para download, na íntegra, no site da RAA.


Referência:Site Planeta Sustentável

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Madeira numa boa




Espécies nativas e de reflorestamento: é possível construir sua casa sem desrespeitar a natureza
                  

Quando todos os olhares se voltam para o desmatamento das florestas brasileiras, o uso de madeira nativa é posto à prova. Até 2008, segundo o Greenpeace Brasil, mais de 720 mil km2 da Amazônia foram devastados – quase três vezes o tamanho do estado de São Paulo. Estudiosos da área, no entanto, afirmam que a solução não está em bani-la da obra. “Proibi-la significa atestarmos que a nossa floresta não tem valor”, avalia o engenheiro florestal Reinaldo Herrero Ponce, de São Paulo. “É preciso ressaltar a importância de uma aquisição consciente”, diz o engenheiro paulista Edo Callia, da Callia Estruturas de Madeira.

Ela começa pela seleção dos fornecedores. Por isso, nesta reportagem, ao lado das espécies ideais para a estrutura da casa você encontra o nome de madeireiras indicadas por profissionais. Também vale recorrer ao novo sistema Cadmadeira (Cadastro de Comerciantes de Madeira no Estado de São Paulo), com madeireiras paulistas identificadas pelo Certificado Madeira Legal, da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Esse atestado, já atribuído a 11 empresas, comprova a responsabilidade ambiental dos produtos do estabelecimento. 

COMPROVAÇÃO OBRIGATÓRIA
O Greenpeace Brasil estima que 80% da madeira produzida anualmente na Amazônia seja ilegal. “Ao comprar produtos de origem legal, você obriga a exploração responsável”, afirma Carlos Fabiano Cardoso, coordenador de monitoramento e controle florestal do Ibama, em Brasília. Para saber se uma madeira nativa é licenciada de acordo com esse órgão, deve-se conferir o Documento de Origem Florestal (DOF), que atesta a legalidade da cadeia produtiva. “Diferentemente da antiga ATPF [Autorização de Transporte de Produtos Florestais], ele é eletrônico e marca as medidas das peças”, explica o engenheiro Helio Olga, da Ita Construtora, de São Paulo.

CARDÁPIO SORTIDO
Não estranhe a ausência das famosas pinho-do-paraná e peroba-rosa, que sumiram do mercado. “Devemos pensar em nomes alternativos”, sugere o pesquisador Geraldo José Zenid, do Instituto de Pesquisa Tecnológicas do Estado de São Paulo. Para difundir outros tipos, o IPT publicou uma lista na segunda edição do livro Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil, lançado com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do município de São Paulo e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do estado de São Paulo (Sinduscon). Outra novidade é a revisão da NBR 7.190 para Estruturas de Madeira. As madeiras serão agrupadas por espécie, e não por resistência. “Com isso, os consumidores terão maior controle de qualidade do produto”, explica Carlito Calil Jr., coordenador da comissão de estudos dessa norma e professor da Escola de Engenharia da USP de São Carlos.

No lugar certo: Para a estrutura da casa, o melhor são as opções de alta densidade. “Em geral, quanto mais pesada, maior a resistência mecânica e a durabilidade”, explica Luis Carlos Zanchet, da Zanchet Madeiras, de São Paulo. No telhado, garapeira é bem-vinda. “Mas ela deve ficar protegida da chuva, pois apodrece rápido”, alerta Sérgio Rodrigues, da Madercom, de São Paulo.

Referência:Site Planeta Sustentável

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Exploração ilegal de madeira caiu na última década





A exploração ilegal de madeira caiu significativamente na última década. Em três dos principais fornecedores de madeira do mundo – Brasil, Camarões e Indonésia –, a queda foi de até 75%. Com a redução, uma área de 17 milhões de hectares de floresta, equivalente ao Reino Unido, deixou de ser desmatada ilegalmente e pelo menos 1,2 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa não foram lançadas na atmosfera.


madeira


O diagnóstico foi divulgado hoje (15) em estudo inédito do instituto britânico Chatham House. A redução da exploração ilegal teve reflexo direto no contrabando da matéria-prima. A importação de madeira ilegal pelos principais países consumidores caiu pelo menos 30%, segundo o levantamento.

Os pesquisadores analisaram a cadeia produtiva da madeira ilegal em cinco países tropicais detentores de florestas (Brasil, Indonésia, Camarões, Malásia e Gana), em países consumidores (Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e Holanda) e na China e no Vietnã, que processam a madeira e fornecem produtos para o mundo industrializado.

De acordo com o relatório, a redução mundial da exploração e do comércio de madeira ilegal se deu graças a ações de governos, da sociedade civil e do setor privado. O resultado pode ser explicado pela combinação entre as políticas de combate ao desmatamento ilegal nos países produtores, com regras mais severas, e exigências de certificação nos mercados compradores.

No Brasil, segundo a Chatham House, o desmatamento ilegal na Amazônia caiu 75% na última década, principalmente nos últimos cinco anos, quando o governo intensificou o combate às derrubadas na região e modernizou o sistema de transporte e comércio de madeira, com o Documento de Origem Florestal (DOF).

O relatório elogia o sistema brasileiro de monitoramento de florestas e cita o aumento no número de operações policiais na Amazônia para combater o desmate. No entanto, os pesquisadores ainda apontam falhas no cumprimento das sanções aplicadas nas infrações ocorridas na floresta amazônica, onde a derrubada ilegal ainda representa de 35% a 70% de todo o desmatamento. “As penas nem sempre são aplicadas. No Brasil, por exemplo, apenas 2,5% das multas são recolhidas”, acrescenta o texto.

O estudo alerta ainda para o risco de legislação ambiental incoerente – crítica levantada recentemente por organizações não governamentais por causa das alterações no Código Florestal, aprovadas em comissão da Câmara dos Deputados.

Apesar do declínio nos últimos anos, “a exploração ilegal de madeira continua a ser um grande problema”, segundo o estudo. O relatório prevê que, daqui para frente, o combate à extração irregular e ao contrabando pode se tornar mais difícil, por causa da multiplicação dos desmates em menor escala – mais difíceis de monitorar – e pelo crescimento da venda da madeira ilegal nos mercados internos dos países produtores.

Para os países consumidores, aumentou a dificuldade de identificar a origem da madeira, que já chega aos mercados transformada em móveis. Nesses países, a criação de barreiras para madeira ilegal depende agora da criação e implementação de leis que proíbam a entrada de produtos sem origem comprovada. “Apesar de os Estados Unidos já terem aprovado uma lei nesse sentido e a União Europeia esteja prestes a fazer o mesmo; o Japão, que é um grande mercado, continua a aberto à madeira ilegal”, de acordo com o estudo.


Referência:Site Planeta Sustentável

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Acre sedia discussão de padrões para o manejo florestal




Discutir os rumos do manejo florestal e os padrões que manejadores do mundo inteiro devem seguir. Este é o objetivo do grupo de pesquisadores, secretários de Estado e atores envolvidos com o tema reunidos no 2º Encontro Internacional de Especialistas em Manejo Florestal Sustentável. A abertura do evento aconteceu na noite desta segunda-feira, no auditório da Biblioteca da Floresta, em Rio Branco.

O senador Jorge Viana, engenheiro florestal, ex-governador do Acre e precursor da política ambiental acreana que hoje é reconhecida no mundo todo, participa do evento. O 2º Encontro Internacional de Especialistas em Manejo é organizado pelo Governo do Estado, através da Fundação de Tecnologia (Funtac) e da Secretaria de Estado de Floresta (SEF), em parceria com a organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO).

O evento marca também a comemoração Ano Internacional da Floresta e do 25º aniversário da fundação do ITTO, organização parceira do Governo do Estado desde 1989 na execução de projetos de desenvolvimento sustentável.

"A diferença entre a primeira etapa desta parceria com o ITTO e a segunda é que agora temos toda uma base de infraestrutura disponível que é a estrada do Pacífico, a criação de florestas estaduais que servem também para o manejo, o curso de engenharia florestal, a guinada que a Embrapa deu. É um momento oportuno para o Brasil e para o Acre e o mais importante é que esta parceria avança e temos condições para contribuir com o desenvolvimento técnico e científico", disse o senador Jorge Viana.

De acordo com Eduardo Mansour, diretor-assistente do ITTO, é preciso definir novas diretrizes para o manejo sustentável das florestas tropicais naturais. "Há vinte anos, quando os padrões atuais foram definidos, algumas discussões que hoje são preponderantes não eram tão fortes. É o caso das mudanças climáticas e do crédito de carbono, por exemplo". É importante que haja um padrão a ser seguido para que se possa acessar os mecanismos de financiamento do instituto.

"Esta reunião acontece no Acre porque aqui o trabalho que é feito é, de fato, uma referência para todos nós. O Acre conseguiu imprimir um modelo de desenvolvimento sustentável que é um exemplo para todos porque seguiu padrões criteriosos, de respeito à floresta, às populações tradicionais", comentou.

O manejo florestal comunitário e empresarial avançou muito nos últimos anos. "A castanha e a madeira são os nossos principais produtos de exportação, mas temos muito o que explorar, e os créditos de carbono, quando as famílias que moram na floresta vão receber para preservá-la, é mais uma forma de gerar renda", disse Luiz Augusto, diretor presidente da Funtac.

"O ITTO precisa do Acre porque aqui temos um exemplo de sucesso"

A parceria entre o Governo do Estado e o ITTO é firmada ao longo de 22 anos. Para o ex-diretor do ITTO, Manoel Sobral Filho, hoje os papéis se inverteram e não é mais o Acre que precisa do instituto, e sim o contrário. "Nós precisamos hoje do sucesso do Acre porque ele nos traz uma importância muito grande, de promoção do desenvolvimento sustentável que é uma referência mundial", disse. Sobral falou sobre o tempo de espera para o retorno dos investimentos, que não são imediatos. "Faz parte de um processo que não se encerra tão rápido, mas é preciso ter paciência porque esse retorno vai chegar. Temos a obrigação de transmitir esse sentimento à população do Acre, que está na vanguarda e não é agora que vamos esmorecer. Todos vão ver os benefícios, principalmente as populações que moram na floresta, os indígenas, ribeirinhos. Nada do que está sendo feito é em vão", disse.

Nesta terça-feira, 23, os trabalhos continuam na Floresta Estadual do Antimary, um verdadeiro laboratório a céu aberto onde são desenvolvidas diversas experiências da Funtac. Cinquenta famílias que moram na área recebem a Bolsa Floresta, no valor de R$ 880,90 para ajudar na conservação da floresta, praticando o manejo sustentável, segundo o secretário de Florestas, João Paulo Mastrângelo. "Essa é apenas uma pequena amostra de como as comunidades podem ter renda a partir da floresta", acrescentou.


Referência:Site Planeta Sustentável